domingo, 5 de agosto de 2012

Confissão de uma adolescente


 Você apareceu, ali de repente.

Na minha frente.

Eu fiquei sem reação, você, tudo o que eu sempre quis!

Mas eu não podia tocá-lo.

 A pior tortura, minha pior tortura, era saber que eu te amava, mas não podia falar nada, sabendo que você pertencia á outra.

Não era outra qualquer era minha amiga, minha melhor amiga.

Mas você estava ali na minha frente, e eu tinha que ter uma reação, mesmo que fosse para sair correndo.

Mas eu não queria sair correndo, eu não queria fazer isso.

E eu sabia disso, o pior que eu sabia disso!

Você parado logo adiante de mim, olhando fixamente aos meus olhos, como se me chamasse para junto de ti, fez com que eu caminhasse em sua direção.

Eu não tinha escolha, eu não tinha saída.

Eu estava presa a uma linha invisível a ti.

Era como se eu não guiasse mais meus pés.

 Eu estava presa, mas eu não lutava para me libertar.

Talvez eu sabia que seria inútil, e eu jamais teria forças para lutar contra esse sentimento.

Eu me lembro bem, daquela chuva, cortando meu rosto, enquanto eu caminhava ao teu encontro!

O frio parecia me torturar cada vez mais. A cada passo a mais.

Ah! Eu não agüentei, os teus braços me acolheram, e me aconchegaram em teu peito.

Foi tudo perfeito, tão perfeito quanto a um sonho.

Eu estava ali, ao seu lado. Eu estava e não queria sair.

Não desejava sair, em momento algum.

Foi quando o seu abraço tornou-se mais envolvente, o teu rosto se virou em minha direção.

Eu pude até fita-lo por alguns instantes, mas logo o seu rosto se aproximou, você me apertava forte com suas mãos, ate parecendo que queria me segurar para eu não fugir.

Foi quando eu ouvi sua boca sussurrar em meu ouvido.

Você disse que me amava.

É obvio que eu acreditei.

Acreditei...

Acreditei...

E os teus lábios deram o toque final.

Aquela chuva já não era mais cortante, o frio já não machucava mais.

Eu estava protegida, estava aquecida.

Esse amor que ardia como fogo dentro de mim, me fazia sonhar a cada beijo seu.

Há! Que beijo, aquele beijo, como nunca havia experimentado outro igual.

Ele era único.

Você era único.

Pena que não era único meu.

Nem meu você era.

O que eu estava fazendo era loucura.

Você não pertencia a mim.

Você pertencia á outra.

Á outra pessoa.

Pertencia á pessoa que eu mais confiava, e a de quem eu traia sua confiança naquele momento.

Eu não agi por mim, eu sai desesperada.

Era como se a culpa recaísse sobre mim, e meu mundo tivesse ficado escuro, eu não enxergava nada, sai, sem rumo, mais sabia que eu tinha que sair dali, de perto de você.

Sair de perto daquela pessoa que eu amava, mas não pertencia a mim.

Não adiantou eu sair, você veio atrás de mim, e me segurou forte.

Mas eu não podia ficar, e sem olhar para seu rosto me separei de seu braço, e ainda de cabeça baixa segui em frente sem olhar para trás, porque eu sabia se eu olhasse, eu voltaria correndo para você.

E assim parti.

Parti sem saber se voltaria.

Sem saber se eu sobreviveria longe de você.

Parti tento a certeza que a metade do meu coração ficava para trás.

Eu parti sabendo que minha felicidade ficava parada ali junto a ti, esperando que eu voltasse.

Mas eu não voltei.

Não era justo com ela.

Não era justo comigo.

Eu não suportaria viver com essa culpa.

Mas o pior...

Não sei se vou suportar viver sem você!!

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